2 Jesus lhes disse: “A colheita é grande, mas são poucos os trabalhadores. Orem para que o Senhor da colheita envie trabalhadores para ajudar na sua lavoura. 3 Então, prossigam em seu caminho: Estou lhes mandando como ovelhas para o meio de lobos. 4 Não levem dinheiro, sacola ou até mesmo um par de sandálias a mais e não percam tempo conversando com as pessoas que encontrarem pelo caminho. 5 A primeira coisa que dirão ao entrar em uma casa será: ‘Que a paz esteja nesta casa!’ 6 Se lá morar uma pessoa pacífica, então, a paz de vocês ficará neste lar. Mas, se for ao contrário, e a pessoa não for de paz, a sua paz retornará para vocês. 7 Fiquem nessa casa, comendo e bebendo o que lhes derem, pois um trabalhador merece ser pago. Não fiquem mudando de uma casa para a outra. 8 Se vocês entrarem em uma cidade e as pessoas de lá receberem bem vocês, comam o que lhes oferecerem 9 e curem os seus doentes. Depois, digam para os que vivem lá: ‘O Reino de Deus chegou para vocês.’ 10 Porém, se vocês entrarem em uma cidade e não forem bem recebidos, saiam pelas ruas, dizendo para os moradores de lá: 11 ‘Nós estamos limpando até mesmo o pó de sua cidade que grudou em nossos pés, para lhes mostrar a nossa desaprovação.†“Desaprovação”, implícito. Mas admitam isto: O Reino de Deus chegou para vocês.’
12 Eu lhes digo que, no Dia do Julgamento, Deus terá mais tolerância com Sodoma do que com aquela cidade. 13 Ai de você, Corazim! Ai de você, Betsaida! Pois se os milagres que vocês viram acontecer tivessem acontecido em Tiro e Sidom, as pessoas de lá teriam se arrependido há muito tempo, e elas vestiriam roupas de tecidos grosseiros e se cobririam de cinzas. 14 É por isso que, no julgamento, Deus será mais tolerante com Tiro e Sidom do que com vocês. 15 E você, cidade de Cafarnaum? Acha que subirá até o céu? Você será lançada no mundo dos mortos!
16 Quem os ouve também me ouve, e quem os rejeita também me rejeita. Mas, qualquer um que me rejeita também rejeita aquele que me enviou.”
17 Os setenta discípulos voltaram muito animados, dizendo: “Senhor, até mesmo os demônios nos obedecem quando, pelo poder do nome do senhor, ordenávamos que eles saíssem das pessoas!”
18 Jesus respondeu: “Eu vi Satanás cair do céu como um raio. 19 Sim, eu lhes dei poder para pisarem em serpentes e escorpiões e para superarem a força de todos os inimigos, e nada lhes fará mal. 20 Mas, não fiquem contentes porque os espíritos maus lhes obedecem. Fiquem felizes porque os nomes de vocês estão escritos no céu.”
21 Naquele momento, Jesus foi tomado pela alegria do Espírito Santo e disse: “Agradeço a você, Pai, Senhor do céu e da terra, pois escondeu essas coisas das pessoas sábias e inteligentes, mas as revelou aos pequeninos! Sim, Pai, você ficou feliz ao fazer dessa maneira.
22 O meu Pai me entregou todas as coisas. Ninguém entende o Filho, a não ser o Pai, e ninguém entende o Pai, a não ser o Filho e aqueles para quem o Filho escolhe mostrar quem o Pai é.”
23 Quando eles estavam sozinhos, Jesus se virou para os discípulos e lhes disse: “Aqueles que veem o que vocês estão vendo deveriam ficar realmente felizes. 24 Eu lhes digo: muitos profetas e reis gostariam de ver o que vocês estão vendo, mas eles não viram. E eles também gostariam de ouvir as coisas que vocês estão ouvindo, mas eles não ouviram.”
25 Certa vez, um especialista na lei religiosa se levantou e, tentando pegar Jesus em uma armadilha, disse: “Mestre, o que eu preciso fazer para conseguir a vida eterna?”
26 Jesus perguntou: “O que está escrito na lei? Como você a interpreta?”
27 O homem respondeu: “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o seu coração e com toda a sua alma, com todas as suas forças e com todos os seus pensamentos. E ame o seu próximo como a si mesmo.”‡Citando Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18.
28 Jesus lhe disse: “Você está certo! Faça isso e você viverá.”
29 Mas, o homem querendo se justificar, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo?”
30 Jesus respondeu: “Um homem estava descendo de Jerusalém para Jericó. Ele foi atacado por ladrões, que roubaram tudo o que ele tinha, bateram nele e o deixaram quase morto. 31 Por coincidência, um sacerdote estava viajando pelo mesmo caminho. Ele viu o homem, mas passou pelo outro lado da estrada. 32 Depois, um levita apareceu. Mas, quando ele chegou ao lugar e viu o homem, também fez questão de passar pelo outro lado da estrada.
33 Finalmente, um samaritano apareceu na estrada. Ao passar, ele viu o homem e sentiu pena dele. 34 Ele se aproximou e tratou os ferimentos do homem com óleo e vinho e depois fez curativos. Então, ele levou o homem em seu jumento para uma pensão, onde cuidou dele. 35 No dia seguinte, deu dois denários para o dono da pensão e lhe disse: ‘Cuide dele e, se você gastar mais do que o dinheiro que deixei, eu lhe pagarei quando voltar.’ 36 Qual desses três homens você acha que foi o próximo para o homem que foi atacado pelos ladrões?”
37 O especialista em religião respondeu: “Aquele que o ajudou.” Jesus, então, disse-lhe: “Vá e faça o mesmo!”
38 Continuando sua jornada§Para Jerusalém., Jesus chegou a uma vila, e uma mulher, chamada Marta, convidou-o para a sua casa. 39 Tinha ela uma irmã chamada Maria, que se sentou aos pés do Senhor e ouviu os seus ensinamentos.*Ao fazer isso, Maria se identificou como um dos discípulos de Jesus. E o fato de Jesus ter permitido e defendido a atitude dela, mostra que ele a aceitou dessa forma também. Talvez, a preocupação de Marta se deva mais à quebra de uma norma socialmente aceita do que necessariamente a ajuda na cozinha. E a sua queixa a Jesus foi mais uma desculpa. A resposta de Jesus indica que a escolha de Maria em ser uma discípula dele foi mais importante, descrevendo isso como a coisa certa e que não seria tirada dela. 40 Marta ficou preocupada com tudo que precisava ser feito para a preparação da refeição. Então, veio até Jesus e lhe disse: “Mestre, você não se importa de minha irmã ter deixado todo o serviço da casa para que eu fizesse sozinha? Diga a ela para vir e me ajudar!”
41 O Senhor respondeu: “Marta, Marta, você está preocupada e agitada com muitas coisas! 42 Mas, apenas uma coisa é realmente necessária. Maria escolheu a melhor de todas, e esta não será tirada dela.”
- a Alguns textos antigos citam “setenta e dois.”
- b “Desaprovação”, implícito.
- c Citando Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18.
- d Para Jerusalém.
- e Ao fazer isso, Maria se identificou como um dos discípulos de Jesus. E o fato de Jesus ter permitido e defendido a atitude dela, mostra que ele a aceitou dessa forma também. Talvez, a preocupação de Marta se deva mais à quebra de uma norma socialmente aceita do que necessariamente a ajuda na cozinha. E a sua queixa a Jesus foi mais uma desculpa. A resposta de Jesus indica que a escolha de Maria em ser uma discípula dele foi mais importante, descrevendo isso como a coisa certa e que não seria tirada dela.